No entanto, a solicitação foi recusada pela juíza Aline Kelly Ribeiro Marcovicz Lins, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Manaus. Em sua decisão, a magistrada esclareceu que a defesa não apresentou nenhum laudo médico que justificasse a concessão da liberdade provisória ao detento.
Em relação ao argumento sobre o sofrimento de Lucas, a juíza observou que há milhares de presos que também sofrem e se arrependem dos crimes cometidos, mas isso não é suficiente para que sejam liberados.
“Certamente, a exemplo do réu, há milhares de presos pelo País que se arrependem de seus atos ante à nova realidade, até mesmo evoluindo para um estado depressivo, todavia, no caso em apreço, permanecem presentes os requisitos para a manutenção da prisão preventiva do Requerente, reforçados por atos e fatos ensejadores da decretação, que fortaleceram a necessidade da segregação da liberdade”.
Lucas Picolé foi preso durante a Operação Dracma, sob suspeita de fraudar sorteios de rifas. Na mesma operação, ele também foi preso em 2023 por posse de drogas e munições. Embora tenha sido liberado no final do ano passado, foi novamente preso após ser pego promovendo outro sorteio nas redes sociais.
Relembre o pedido:
Os representantes legais de João Lucas da Silva Alves, também conhecido como Lucas Picolé, entraram com um requerimento de liberdade temporária junto ao sistema judiciário do Amazonas na última quarta-feira (15). Eles argumentaram que Lucas estava passando por dificuldades emocionais.
Lucas é acusado de liderar um esquema fraudulento de sorteios de rifas e está detido desde janeiro deste ano por não seguir as medidas judiciais estabelecidas.