21/05/2024 às 14h17min - Atualizada em 21/05/2024 às 14h17min

Frigorífico de ex-prefeito de Anamã era usado para lavar dinheiro do tráfico, diz polícia

Segundo a polícia, a empresa Frigopesca Indústria de Pescado, era utilizada pelo ex-prefeito para o recebimento de pagamentos feitos pela facção Comando Vermelho (CV).

- Correio Manauara
g1 AM
Foto: Reprodução /AMPOST
 

O ex-prefeito de Anamã, Raimundo Pinheiro da Silva, o Chicó, utilizava um frigorífico de sua propriedade para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas, concluiu a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Chicó foi um dos alvos da Operação Rota do Rio, deflagrada na manhã desta terça-feira (21), no Amazonas e outros três estados.

Segundo a polícia, a empresa Frigopesca Indústria de Pescado, localizada no município de Manacapuru, interior do Amazonas, era utilizada pelo ex-prefeito para o recebimento de pagamentos feitos pela facção Comando Vermelho (CV).

Os criminosos faziam o repasse do dinheiro obtido com o tráfico de drogas à empresa de forma pulverizada, com o objetivo de dificultar as investigações.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência de Raimundo Chicó. No local, os policiais apreenderam dinheiro em espécie e veículos.

No momento da ação policial, o ex-prefeito não se encontrava no endereço. De acordo com a Polícia Civil, ele teria viajado para Brasília na madrugada desta terça-feira.

A polícia trabalha com a hipótese de que Chicó tenha recebido informações privilegiadas sobre a operação.

O g1 entrou em contato com a Frigopesca. Por telefone, a empresa disse que não vai se manifestar no momento e que o setor jurídico está atuando para dar respostas aos consumidores sobre a operação.

Operação Rota do Rio

A Operação Rota do Rio teve como objetivo atuar contra a expansão de traficantes do Comando Vermelho (CV) para outros estados. Ao todo, foram cumpridos 113 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas e Pará.

Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), houve um racha na facção Família do Norte, e um dos lados migrou para o CV e fundou o Comando Vermelho do Amazonas (CVAM), reconfigurando as rotas das drogas pelo país.

Essa aliança passou a controlar, por exemplo, a fronteira do Brasil com o Peru e com a Colômbia.

 


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