Após a violência piorar, o Equador declarou ontem (22) estado de exceção em sete das 24 províncias do país, nas últimas semanas com vários massacres.
Naquele país, o governo, que mantém uma luta contra as gangues do narcotráfico desde janeiro. Como informa o UOL.
Dessa forma, segundo o documento divulgado pela presidência, a emergência, que permite o envio de militares às ruas, foi decretada por 60 dias para as províncias costeiras de Guayas, El Oro, Santa Elena, Manabí e Los Ríos, e as amazônicas de Sucumbíos e Orellana, além da população de Camilo Ponce Enríquez (na andina Azuay),
Desse modo, o decreto considera que nessas áreas “se intensificaram atos de violência sistemática, perpetrados por grupos de violência organizada, organizações terroristas e indivíduos beligerantes não estatais”.
Conforma a publicação, no âmbito do estado de exceção, o presidente Daniel Noboa, no cargo desde novembro passado, suspendeu os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência.
A princípio, em janeiro, a fuga de um líder criminoso de uma prisão desencadeou uma investida violenta de grupos de narcotraficantes.
Com isso, resultou em motins nas prisões, ataques contra a imprensa, explosões de carros-bomba, a retenção temporária de cerca de 200 agentes penitenciários e policiais, bem como em cerca de vinte mortos.
Como resultado, o governo de Noboa decretou então um estado de exceção, que durou os 90 dias permitidos pela lei. Além disso, ele declarou o país em conflito armado interno, que de acordo com a Corte Constitucional pode ser por tempo indefinido.
Então, sob esse decreto, foi ordenado aos militares que neutralizassem cerca de vinte gangues criminosas com vínculos com a máfia albanesa e cartéis do México e da Colômbia, rotuladas de “terroristas” e “beligerantes”.